Um dos grandes problemas relacionados à fissuras não está apenas na dor intensa que ela causa, mas nas consequências que surgem quando a lesão não recebe o cuidado apropriado!
Mas, o que pode acontecer se a fissura não for tratada?
Cronificação da fissura: quando não tratadas de forma precoce, as fissuras agudas podem se tornar crônicas. Ou seja, a lesão persiste por mais de oito semanas, a borda da ferida se torna espessada, podendo desenvolver um plicoma (aquela “pelinha” residual), e a dor se intensifica.
Espasmo do esfíncter anal: a contratura do músculo dificulta o fluxo sanguíneo local, prejudicando a cicatrização e perpetuando o ciclo dor-lesão-dor. Quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna interromper esse ciclo sem intervenções mais complexas.
Dor intensa e sangramentos frequentes: a dor anal durante e após a evacuação é uma das queixas mais marcantes da fissura, e sem tratamento, essa dor pode se tornar crônica e afetar de forma significativa a qualidade de vida. Além disso, o sangramento em pequenas quantidades pode persistir por muito tempo.
Medo de evacuar e piora da constipação: essa mesma dor que mencionamos pode refletir na evacuação, em que o paciente passa a evitar evacuar por medo da dor. Isso gera um ciclo de retenção fecal, endurecimento das fezes e ainda mais trauma para a fissura!
Sem contar os riscos de infecções locais, abscessos ou fístulas anais, exigindo tratamentos cirúrgicos mais invasivos.
Se você sente dor anal intensa, especialmente durante ou após evacuar, ou percebe sangramentos ao higienizar a região, não normalize esses sintomas! Busque ajuda proctológica.
Dra. Sonaira Bernardes
Coloproctologia
CRM-DF: 21376
RQE: 15426 e 17106